Uma verdade desconfortável sobre a Síndrome do Impostor

Outsider Milionário - Edição 001

Seja bem-vindo a edição 001 da newsletter Milionário Renegado.
Nesta edição você irá descobrir:

  • O dia em que cheguei no fundo do poço

  • Uma verdade desconfortável sobre a Síndrome do Impostor

O dia em que cheguei no fundo do poço

"O homem inteligente aprende com seus próprios erros.
O homem sábio aprende com os erros dos outros.”

Platão

Eram quase 10 da manhã quando cheguei na Central do Brasil. A estação estava vazia. Atravessei a roleta, andei até o final de uma das plataformas e me sentei num banco. Uma senhorinha que estava a alguns metros de distância me olhou curiosa, provavelmente porque com o terno preto e a maleta 007 eu parecia uma cópia tupiniquim de James Bond.

Quando avistei o trem se aproximando, me levantei, andei em direção aos trilhos e me preparei para me jogar na frente dele…

Muito cedo tive que aprender a lidar com a Síndrome do Impostor.

Aos 15 anos me tornei trainee e fui trabalhar na gerência de uma agência do antigo banco Real. Nunca entendi direito o que os executivos do banco tinham em mente quando decidiram juntar 20 adolescentes para se tornarem uma espécie de “gerentes de elite” e até onde sei foi o único programa da história do banco, mas o fato é que de um dia para o outro passei a ganhar mais do que meus pais juntos. Eu estava rico, pelo menos era assim que eu me sentia.

Pela manhã eu pegava um ônibus lotado, tomando todo cuidado do mundo para que ninguém amassasse meu terno azul marinho comprado em 6 vezes na Maré Mansa, e ia dar conselhos sobre investimentos para pessoas mais ricas e inteligentes do que eu.

Logo percebi que um adolescente, morador de comunidade com 15 anos, que nem havia terminado ainda o 2º grau e frequentava o curso preparatório para seminaristas na igreja católica, não daria conta do recado. Foi então que criei um personagem: O super gerente.

Ele era o máximo. Pragmático, direto e altamente eficiente. Era uma máquina que não tirava férias e batia todas as metas. Com a ajuda dele, recebi diversas promoções e em poucos anos fui alçado para um cargo na diretoria do banco.

Tudo parecia perfeito, mas com o tempo comecei a sentir um vazio. Tentei preenchê-lo comprando coisas ou indo a baladas com meus amigos, mas seguia me sentindo sozinho mesmo no meio de uma multidão. Larguei tudo e decidi empreender, mas deu tudo errado e 6 meses depois eu não apenas havia perdido todo o meu patrimônio como estava cheio de dívidas.

Com 20 anos e sem faculdade, não conseguia um emprego que proporcionasse o mesmo padrão de vida. Foi quando surgiu uma oportunidade de ganhar dinheiro vendendo cursos de inglês de porta em porta. O problema era que eu recebia apenas comissões e 2 meses tinham se passado sem que eu fosse capaz de fazer uma única venda.

Dizem que quando você está prestes a morrer, a vida toda passa na sua frente como num filme, não sei se é verdade, mas o fato é que enquanto o trem se aproximava, tudo isso passou como um relâmpago pela minha mente. Por fim pensei comigo mesmo:

“Estraguei tudo. Estou no fundo do poço. Não tenho mais nada a perder…”

Nessa hora tive um insight.

Eu não havia “perdido tudo”, muito pelo contrário, na verdade eu ainda tinha muito orgulho do que havia feito até aquele momento e queria manter aquela imagem de super-gerente que as pessoas tinham de mim e que era incompatível com a imagem de um simples “vendedor". No fundo, eu tinha era muita vergonha de estar naquela situação.

O trem chegou. Voltei para o escritório, liguei para um amigo e perguntei se ele conseguia alguém capaz de pagar o equivalente hoje a uns 10 mil reais num curso de inglês. Após muita insistência, ele me passou o telefone de um de seus clientes com a recomendação que não mencionasse seu nome, mesmo assim consegui marcar uma reunião e fechar minha primeira venda. Naquele mês, fechei 22 vendas.

De certa forma, eu morri e renasci naquele dia, naquela estação. Nos 10 anos que se seguiram, eu ainda iria perder tudo novamente, morrer e renascer de novo outras duas vezes.

Na minha segunda vida, eu iria me casar, ter 2 filhos, dirigir o departamento de marketing de uma grande empresa, fundar uma ONG, criar uma agência de marketing direto, ajudar a eleger 2 canditados, lançar uma administradora de cartões de crédito até perder todo meu dinheiro e até o casamento.

Na minha terceira vida, me casaria novamente, me especializaria em finanças, iria comprar e vender mais de 20 empresas até sofrer um sequestro e perder todo meu dinheiro novamente.

Depois disso, eu me tornaria um milionário renegado. Recomeçando do zero como vendedor de rua, recebendo 50 reais por semana, fundaria uma empresa de treinamento para cabeleireiros, depois um negócio de antiguidades onde vendia bonecas de porcelana antiga de 50 mil reais. Também fundei uma agência de software que venderia mais de 3.000 lojas virtuais, lançaria meu primeiro produto digital enquanto comprava uma empresa falida, a faria crescer 10x e ter mais de 200 funcionários.

Cinco anos depois, meu caminho iria se cruzar com um tal de Erico Rocha, faria parte do seu mastermind onde seria apresentado a um multimilionário russo que iria me ensinar tudo sobre high ticket. Me tornaria um dos primeiros co-produtores do país, anos depois lançaria a primeira marca especializada em ensinar tudo sobre vendas high ticket no Brasil, lançaria uma dúzia de marcas e empresas incluíndo a lendária consultoria de 1 milhão e me tornaria um dos consultores de negócios mais bem pagos do país.

Levei 30 anos e 4 vidas para aprender tudo o que sei e chegar onde estou e nesta newsletter quero apenas encurtar o seu caminho para o sucesso.

A verdade desconfortável sobre a Síndrome do Impostor

Laurence J. Peter

A vida tem uma maneira peculiar de nos testar.

Laurence J. Peter, um educador canadense e é mais conhecido do público em geral por sua formulação do Princípio de Peter, também chamado de Princípio da Incompetência.

Ele explica que, numa hierarquia, todo funcionário tende a ser promovido ao seu mais alto nível de incompetência. Você pega um vendedor competente e o promove a gerente de vendas, e agora você tem um gerente incompetente. Ele se capacita, adquire competência e logo é promovido a diretor de vendas, e o ciclo se repete.

Quando assumimos novos desafios, podemos nos sentir como impostores, temendo que os outros descubram que talvez não estejamos tão preparados quanto parecemos. No entanto, é neste desconforto que o crescimento ocorre. Aqueles que permanecem na zona de conforto, evitando desafios, nunca experimentarão a sensação de ser um impostor, mas também podem não alcançar seu pleno potencial.

“O Paradoxo do Impostor é que quanto mais você tenta não se sentir um impostor, mais um impostor você se sente, e provavelmente se você não se sente um impostor, pode ser um sinal de que você não está sonhando grande o suficiente.”

Sandro San

Nesse sentido a Síndrome do Impostor, pode ser vista como um sinal de que estamos nos esforçando além do nosso atual nível de competência a fim de desenvolver novas habilidades.

No entanto, há um lado sombrio. Algumas pessoas podem se tornar verdadeiros impostores, não por enfrentarem desafios, mas por falsificarem suas personalidades ou competências para manter as aparências.

No evangelho, São Matheus (21,28-32) ilustra isso de forma clara através de uma parábola. Um pai pede a ambos os filhos para trabalharem na vinha; o primeiro inicialmente recusa, mas depois vai, enquanto o segundo concorda em ir, mas não vai, querendo parecer bom para agradar e impressionar o pai.

Algumas pessoas cedem à pressão das redes sociais para manter uma imagem de sucesso, parecendo algo que não são ou mostrando uma vida que não têm. Associam-se a pessoas que não compartilham seus valores apenas porque elas têm dinheiro ou seguidores, deturpando assim sua personalidade.

Ao enfrentar a Síndrome do Impostor, é vital refletir sobre nossas intenções e ações. Estamos nos esticando para crescer, ou estamos falsificando para impressionar? A resposta a essa pergunta pode ser o primeiro passo para navegar pelo desconforto e encontrar autenticidade e crescimento no processo.

Pense grande,
(pensar pequeno, dá o mesmo trabalho)

Sandro

PS

Na próxima edição irei tratar de um assunto polêmico: Trabalho, paixão e propósito de vida, até que ponto essas coisas andam juntas e qual o impacto desse arranjo na sua vida financeira.

Estou preparando a próxima edição e no momento em que escrevo esse texto o bloco de notas do meu Iphone tem exatamente 3877 notas divididos em mais de 70 assuntos diferentes que vão desde marketing digital, vendas, negócios em geral até temas como filosofia, religião e economia comportamental se você quiser me ajudar a escolher o próximo tema me mande um email para [email protected] com suas sugestões.

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Ser um "Milionário Renegado" significa ter a disposição, o conhecimento e a coragem para transformar um negócio comum em um ativo extraordinário, produtor de riqueza, que pode mudar a sua vida para sempre​​. O modelo "Milionário Renegado" gira em torno de DINHEIRO e AUTONOMIA. Trata-se de fazer dinheiro de maneira diferente: mais rápido, mais fácil e em quantias maiores do que o usual.

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